Colapso das transportadoras afetará 80 milhões de usuários de baixa renda que não têm alternativa para se locomoverem, afirma Associação das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros
ALEXANDRE PELEGI
A Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros (ANATRIP) está preocupada com a situação de retração no setor devido à queda estimada de 60% da demanda de passageiros, em decorrência da pandemia do coronavirus.
Em comunicado enviado à imprensa especializada, a Associação alerta que, sem apoio do Governo Federal e dos governos estaduais, o serviço público de transporte coletivo rodoviário de passageiros poderá entrar em colapso, em um prazo de até 90 dias
Segundo a nota, o colapso das transportadoras afetará 80 milhões de usuários de baixa renda que não têm alternativa para se locomoverem. E calcula que, caso as transportadoras não resistam à crise, 100 mil empregos diretos e 400 mil indiretos estarão em jogo
“Diferentemente da atenção dada pelo governo às companhias de transporte aéreo, o nosso setor não recebeu qualquer consideração, apesar de toda a sociedade e o governo em particular, conhecerem o desfavorecimento econômico e a dependência dos usuários dos serviços que prestamos, que não têm outra opção de locomoção até para se tratarem da própria infectação, como, ao contrário, é o caso dos passageiros das companhias aéreas”, afirma a ANATRIP.
Leia a nota na íntegra
A Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros (ANATRIP) alerta que, sem apoio do Governo Federal e dos governos estaduais, o serviço público de transporte coletivo rodoviário de passageiros poderá entrar em colapso, em um prazo de até 90 dias, devido à queda estimada de 60% da demanda de passageiros, em decorrência da PANDEMIA DO CORONAVIRUS. O colapso das transportadoras afetará 80 milhões de usuários de baixa renda que não têm alternativa para se locomoverem. Diferentemente da atenção dada pelo governo às companhias de transporte aéreo, o nosso setor não recebeu qualquer consideração, apesar de toda a sociedade e o governo em particular, conhecerem o desfavorecimento econômico e a dependência dos usuários dos serviços que prestamos, que não têm outra opção de locomoção até para se tratarem da própria infectação, como, ao contrário, é o caso dos passageiros das companhias aéreas.
Para a preservação das empresas e garantia da continuidade dos serviços, a ANATRIP propõe a suspensão por 06 (seis) meses da cobrança do PIS, COFINS e da CIDE incidente no óleo diesel, no âmbito federal e do ICMS, tanto o que incide sobre o óleo diesel como o que é cobrado dos passageiros, no âmbito estadual e, também, a desoneração da folha de pagamento, a fim de preservar empregos. A proposta vai na mesma linha do que está sendo feito para o setor aéreo.
A ANATRIP calcula que, caso as transportadoras não resistam à crise, 100 mil empregos diretos e 400 mil indiretos estarão em jogo, pois a experiência desses primeiros dias, desde quando a proliferação dos casos aumentou no país, já indica uma retração de 60% na demanda de passageiros. Por isso, a ANATRIP ressalta que as medidas para reduzir as perdas financeiras das empresas devem ser estendidas às empresas de transporte rodoviário interestadual.